terça-feira, 30 de agosto de 2011

MEDO

Sensação tão conhecida
Provoca reações adversas
Impressão adquirida


Instinto primitivo
Fura qualquer razão
Alimento preventivo
Aumenta qualquer ilusão

Margeia o inconsciente
Viagem desgastada
Fluindo inultimente
Ideia imaginada

Tudo o que é novo assusta
Pisando em terreno estranho
Passo a passo se conquista
Novas dimensões sem tamanho

Serve de alerta
Para que se tenha cautela
Mas de que adianta
Se a vida não deixa de ser bela?

Melhor viver
Melhor sentir
Melhor transpor
Do que apenas reagir

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

ESPERANÇA

O que encerra em su'alma?
Saudades, lembranças
Apegos de outras eras
Outras vidas sem esperas

Mas sem esperar não há liberdade
Esperanças do que não foi dito
Esperanças com autenticidade
Esperanças do que não foi vivido...

Esperar por outros olhares
Esperar por outras vontades
Esperar por outros lugares
Ainda não vividos
Ainda não sentidos

O que pode suceder
Esperar, aquietar
Esperar, silenciar
Esperar sem nada temer

Virtude humana, essa esperança
Ligação direta com o Divino
Saber confiar no que está por vir
Sem medo algum de agir

Aprendizado que traz calor
Aquece os sentimentos e sentidos
Enche o peito com torpor
Agora é o esperado

Traz vivacidade num olhar
Expressando o sonho
Liberta a língua a desabrochar
E a Esperança faz-se verbo

Humanidade consciente
Sempre espera o melhor
Sem ficar hesitante
Em uma, várias Vidas
Sem titubear, apenas esperar

Esperar por outros olhares
Esperar por outras vontades
Esperar por outros lugares
Ainda não vividos
Ainda não sentidos