segunda-feira, 24 de outubro de 2011

FLOR DA PELE

Sinceras palavras inventadas
Proferidas em distantes momentos
Nada as detem ao serem lançadas
Tomam peso e forma causando estranhamento

Experienciar o verbo é para poucos
Sem refletir, apenas viver, sentir
Materializar seus sonhos, devaneios
Concreto que se deixa fluir

O estático se faz movimento
Liberação de Energia contida
Trazendo o Ser à tona
Se fazendo, recriando-se a cada momento

Sentidos aguçados, temperos misturados
Gostos, cheiros, sensações
Causam impacto desde o primeiro contacto
Viver momentos, tantas estações...

Trazer medida ao imensurável
Sentir texturas a cada olhar
Observar, absorver, experienciar
Sem questionar, viver, desfrutar

Experienciar o verbo é para poucos
Sem refletir, apenas viver, sentir
Tornar-se um tanto volátil
Deixar os receios para outros

Experienciar o verbo é para poucos
Sem refletir, apenas viver, sentir
Materializar seus sonhos, devaneios
Concreto que se deixa fluir





quarta-feira, 12 de outubro de 2011

OLHAR DE CRIANÇA

Olhos vibrantes de olhar constante
Pensamentos voam levados para outras esferas
Sensações dissonantes
É tanto sentir em tantas esperas

O tempo é algo esquisito
Hora passa, voa com seu mundo a construir
Hora para, estagnado sem movimento
Uma longa espera do que está por vir

Brincadeiras, permissão de sonhar
Vivenciar o inimaginável
Pode parecer tão real quanto andar
Decifrar o indecifrável

Correr, pular, dançar
Criança que se libera
Energia volátil
Se dispersa quando menos se espera

Olhos atentos
Olhar esperto
Olhos da alma
Olhar concreto