Quando se faz o plantio
Grãos lançados
Por mais que tardio
Brotam com força, empenhados
De ser, estar, permanecer
Escapando vontades
Aniquilando qualquer desfecho
A Vida segue livre
Aberta para novas estradas
Bifurcações, encruzilhadas
Fluxo contínuo que não pode parar
Por mais que tente, por mais que se invente
Rio de águas, forte torrente
Impetuosa como toda natureza vigente
Tudo que se exala, por fim não cala
Retorno quase imediato
O Universo devolve cada gota lançada
Segue sem intervalo no tempo e no espaço
O Tempo, grande ilusão
Indelével e sem forma
Espaço sem nenhuma conclusão
Tempo e Espaço que se toma
Sementes germinadas
Por escolhas impróprias
Geram incontáveis resultados
Inconscientemente indesejados
Melhor assumir, sem dissimular
Tomar consciência de todo pensamento
Saber que o que se faz, a Vida te traz
Sem culpas, devaneios, apenas recolhimento
Semear Amor, Luz e Aceitação
O Universo mais uma vez devolve
Sem qualquer distinção
Apenas entrega de toda germinação
Recolhe sem julgar
Acolhe sem pesar
Para o próximo plantio
Mais consciente
Menos inconsequente
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